Outro dia, enquanto editava um ensaio, pensei: por que a gente acha que precisa dar conta de tudo?
A cliente que estava ali, uma mulher linda, real, me disse: "Eu nem lembro qual foi a última vez que fui fotografada sozinha..." E aquilo me tocou.
Fotografar mulheres reais é mais do que registrar uma foto, é permitir que elas se vejam com outros olhos. E quando digo “mulheres reais”, falo de mim, de você, das que acordam cansadas, mas ainda assim continuam. Das que se cobram demais, que se escondem atrás de listas infinitas de tarefas, que acreditam que precisam dar conta de tudo sozinhas.
Mas… e se não precisar?
Ser mulher não deveria ser sinônimo de exaustão.
Não precisamos provar nada. Não precisamos estar sempre em guerra. Às vezes, o que a gente mais precisa é de um colo. De tempo. De silêncio. De um espelho que não julgue e sim que acolha.
Através da fotografia espontânea e afetiva, eu tenho visto o quanto nós nos esquecemos de simplesmente ser.
A beleza mora no cuidado, na pausa, no gesto leve.
É ali, no momento em que você respira fundo e se permite ser cuidada, que algo mágico acontece. E olha, ser cuidada também é um ato de coragem. Coragem de dizer: “Eu mereço.” Coragem de escolher a delicadeza num mundo que grita pressa. Coragem de se colocar no centro da própria história, nem que seja por algumas horas.
O meu trabalho como fotógrafa de mulheres não é apenas entregar fotos bonitas é criar um espaço seguro, onde você possa se reencontrar com sua essência. Onde o feminino seja celebrado com leveza e verdade.
E é por isso que fotografo mulheres assim: como elas são. Não como guerreiras que vencem o mundo todos os dias… mas como flores que também precisam de sol, silêncio e carinho.
Se você sentiu algo lendo isso, talvez esteja na hora de se ver com outros olhos. Os teus. E os meus.
Vamos contar tua história?